Em conjunto com os atores, Medeiros desenvolve o caráter de cada personagem e
elabora seu conteúdo, cria um roteiro e esquetes teatrais de aproximadamente 30
segundos. “Os artistas contribuem para a construção dos personagens e de todas as
situações, isso faz com que tenham maior carinho e melhor rendimento”, conta.
As esquetes ocorrem nas ruas e objetivam fazer com que todos os visitantes do parque,
embora em pontos diferentes, vivam a mesma narrativa. “São duelos de domadores,
apresentações de mágicos e suas assistentes, números de atiradores de faca e muito
mais, tudo com muito dinamismo para chamar a atenção do público para a ação. Temos
inclusive algumas esquetes com números de segunda altura – salto sobre os ombros – e
que incluem personagens com pernas-de-pau, novidade deste ano”, enumera.

Para garantir bons resultados e conquistar o público, são realizados três ensaios gerais
antes do evento, além de inúmeros laboratórios. “Não queremos um desfile de figurinos
bonitos, são personagens reais de um número de Horror por isso desenvolvemos um
profundo trabalho que envolve os ensaios, laboratórios discussões e que até visam
orientar a postura desses artistas e criar personalidade e alma para cada um dos membros do circo”, diz.

Os personagens ganham as ruas do parque às 18h30, mas a produção e preparo dos
artistas começa cinco horas antes. Há um trabalho de maquiagem, preparo dos figurinos
e adereços e concentração dos artistas.

No parque os personagens contam com o suporte de 12 coordenadores artísticos, que
acompanham os artistas aos pontos adequados e ficam sempre por perto para dar todo o suporte necessário. Os coordenadores entram em ação, por exemplo, no caso de um zíper estourado, um adereço quebrado ou qualquer outra eventualidade.

Todo elenco é orientado a assustar o público seja por meio de gritos, encenações ou aparições em pontos inusitados, sem nunca tocar nos visitantes.

Alexandre Medeiros também é o designer dos figurinos da Hora do Horror 2009.